Compositor: Isabelle Geffroy
Os passantes passam, eu passo meu tempo a lhes olhar pensar
Seus passos apressados em seus corpos lesados
Seus passados se revelam nos passos sem se preocupar
Que desconfiada, à espreita, eu percebo o jogo de Pan
Suas faces como máscaras me fazem um efeito repugnante
Que fazer de conta está no espírito de nosso tempo
Passe, passe, passará
A última ficará
A criança não faz nada além de festas
O fato é que o efeito se reflete na sua capacidade de tomar o fato tal como ele é
Sem se referir a um sistema de pensamento na sua cabeça
O outono de agora, ainda ontem era verão
O tempo me surpreende, parece estar se acelerando
As cifras de minha idade me conduzem na direção desse eu sonhado
Passe, passe, passará
A última ficará
Cada mês é jogado
Em diferentes ciclos, são engraçadas essas agitações
Que me motivam através do tempo
De um estado a outro, eu oscilo inexoravelmente
No momento, eu corro para um equilíbrio
Todo julgamento sobre pessoas
Me dá a direção a seguir
Sobre essas coisas em mim a mudar, que me impedem de ser livre
As vozes se libertaram e se expõem
Nas vitrines do mundo em movimento
Corpos que dançam em osmose
Deslizam, estremecem, se confundem e se atraem irresistivelmente
No momento eu corro à expressão
Cada emoção sentida
Me faz querer exprimir os não-ditos
E que a justiça seja feita em nossas pobres vidas adormecidas
Passe, passe, passará
A última ficará